Alternativa à Uber: motoristas buscam independência em meio a comissões altas e lucros baixos
Crédito: Ideogram Alternativa à Uber se tornou uma das expressões mais buscadas entre motoristas de aplicativo no Brasil. Com tarifas crescentes para os passageiros e comissões cada vez mais altas para a empresa, profissionais do volante enfrentam uma realidade difícil. Muitos agora buscam novos caminhos para manter a rentabilidade e preservar a dignidade do seu trabalho.
Uber lucra mais, motorista ganha menos
Estudos recentes revelam que o modelo de negócios da Uber, hoje, prioriza o lucro da plataforma em detrimento da renda dos motoristas.
A Universidade de Oxford analisou mais de 1,5 milhão de viagens no Reino Unido e identificou que, após mudanças no modelo de precificação, os ganhos dos motoristas caíram. O sistema de preço antecipado (ou upfront pricing), adotado pela empresa, aumentou a imprevisibilidade das tarifas e reduziu a participação dos condutores.
No Brasil, motoristas relatam situações semelhantes. Corridas com tarifas mais altas, em que o passageiro paga R$ 100, por exemplo, resultam em ganhos de menos de R$ 50 para o motorista, após descontos e taxas. A Uber retém, em média, 29% da tarifa — mas esse número pode ultrapassar 50% em algumas viagens.
Transparência cada vez menor
Com os algoritmos da Uber assumindo o controle sobre os valores pagos e recebidos, muitos motoristas dizem já não conseguir prever a própria renda. Antes, sabiam quanto ganhariam por quilômetro ou por tempo. Hoje, o valor final chega decidido por um sistema opaco.
Esse cenário aumenta a dependência da plataforma. E, ao mesmo tempo, deixa o profissional sem controle sobre seu próprio faturamento.
Uma profissão que exige planejamento
Dirigir profissionalmente não é apenas estar disponível. É manter um carro seguro, abastecido e em bom estado. Com o custo da gasolina em alta, peças caras e manutenção frequente, os gastos operacionais têm pesado no bolso dos motoristas.
Quando a renda não acompanha esses custos, surge um dilema: continuar correndo pela Uber com ganhos instáveis ou buscar alternativas mais sustentáveis.
A construção de clientela própria
Diante dessas dificuldades, muitos motoristas têm explorado novas formas de atuação. Entre elas, a mais promissora tem sido a construção de uma clientela particular. Isso inclui:
- Oferecer serviços para empresas;
- Fazer traslados para aeroportos e hotéis;
- Atender passageiros recorrentes em rotinas fixas.
Nesses casos, o motorista negocia diretamente o valor, sem intermediação ou taxas. O passageiro paga menos do que pagaria no aplicativo, e o motorista ganha mais. Todos saem ganhando.
Por isso, essa abordagem tem se consolidado como uma alternativa à Uber viável, principalmente entre motoristas com boa comunicação e que já atuam em regiões com demanda frequente.
Tecnologia como aliada: conheça o Lucro na Corrida
Para quem deseja iniciar esse modelo mais independente, surgem ferramentas que podem ajudar. Um exemplo é o app gratuito Lucro na Corrida, criado para ajudar motoristas a calcular quanto cobrar por corrida, considerando:
- Distância entre os pontos;
- Consumo de combustível do veículo;
- Valor do litro da gasolina;
- Preço por quilômetro desejado.
A ferramenta se destaca por oferecer uma estimativa clara e justa para ambas as partes. Consequentemente, o motorista consegue apresentar ao cliente o valor com base em cálculos objetivos. Além disso, o app permite visualizar o lucro real da corrida, o que é fundamental para quem deseja sair da informalidade das estimativas vagas.
Um novo formato de trabalho
Essa mudança de postura tem crescido entre os motoristas mais experientes. Alguns passaram a circular com cartões de visita, investiram em pequenos sites ou perfis no Instagram, e mantêm contato direto com passageiros frequentes.
Ao oferecer um atendimento personalizado, pontual e transparente, muitos conseguem garantir uma clientela fiel. E, principalmente, livram-se da imprevisibilidade das plataformas.
Especialistas apontam que esse é o caminho mais promissor para quem deseja retomar o controle sobre sua profissão. Afinal, embora a Uber tenha aberto as portas para o trabalho sob demanda, o modelo atual parece cada vez menos sustentável.
Alternativa à Uber: escolha possível e rentável
A plataforma da Uber, embora dominante, já não é a única opção. Muitos motoristas estão redesenhando sua forma de trabalhar, com foco em autonomia e planejamento financeiro.
A construção de clientela direta, apoiada por ferramentas como o Lucro na Corrida, representa hoje uma alternativa sólida. Ela não exige abandonar completamente os aplicativos, mas permite reduzir a dependência — e melhorar significativamente os rendimentos.
No fim das contas, dirigir com liberdade, previsibilidade e rentabilidade é possível. Basta ter as ferramentas certas, uma boa rede de contatos e a coragem de mudar.
